Friday, March 16, 2007

Oficina literária com Ricardo Kelmer

Ricardo Kelmer, escritor cearense radicado em São Paulo, ministrará palestra e oficina literária no auditória do curso de História da UFC, nos próximos dias 20 e 21. Com diversos livros publicados, Kelmer veio ao estado lançar “Blues da Vida Crônica'', coleção de crônicas, e ''Guia do escritor independente'', que, segundo ele, cujo objetivo, segundo o próprio, não seria ensinar a escrever, ''mas mostrar como é o ofício de escritor e como o autor pode desenvolver uma carreira literária mesmo sem ter uma editora''. Um tema interessante, dadas as atuais circunstâncias do mercado editorial ''oficial'' do Brasil. Pra quem quiser conferir, a palestra e oficina se darão nos mesmos termos, fica aqui a dica.

Informações mais precisas eu fico devendo, soube há pouco e resolvi compartilhar. Soube também que haveria inscrição, de dez reais, mas não tive tempo de confirmar. Por enquanto, é isso.

*Matéria completa do Diário do Nordeste, de onde retirei a citação do autor: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=412307

Sunday, March 11, 2007

O caso da Vila das Artes

Vista de uma das janelas da casa do Barão. *Foto por Diogo Braga


Fevereiro, mês de férias para os alunos da UFC, muitas festas, viagens e carnaval no meio, ou mesmo muita tranqüilidade pra quem aproveitou para descansar. Enquanto isso, os alunos da Escola de Audiovisual travavam uma batalha dura pelo direito de ter aulas e até mesmo uma sede própria.


Para quem não sabe, a Escola de Audiovisual é um projeto de iniciativa da Prefeitura de Fortaleza, ligado diretamente à Funcet(Fundação de Cultura Esporte e Turismo de Fortaleza) e certificado como curso de extensão pela UFC. O curso faz parte de um projeto maior, que é o complexo cultural da Vila das Artes, que teria como sede o Palacete do Barão de Camocim, prédio histórico tombado recentemente pela Fundação da Cultura.


O complexo contaria, além da Escola, com um Centro de Artes Visuais, Biblioteca, Videoteca, Café, Núcleo de Produção Digital, Laboratório de Mídias Interativas, Escola de Dança e Agência de Notícias Culturais. Tudo isso alardeadamente lançado no final do primeiro semestre, aproveitando o embalo do Cine Ceará, contando com releases publicados em toda a imprensa, inclusive em revista nacional de cinema, causando grande rebuliço na comunidade artística local.
Poucos não foram os casos, inclusive, de universitários que pensaram até mesmo em largar seus respectivos cursos para embarcar na empreitada. Isso porque, logo depois do lançamento do curso, veio o edital de seleção das quarenta vagas da escola, disputado por mais de 600 inscritos. Luiziane Lins veio reconhecer só recentemente que as coisas foram muito rápidas, ‘’talvez tivesse sido melhor esperar mais um pouco’’. Afinal, as obras na Casa do Barão, como é chamada pelos alunos, não haviam sido iniciadas ainda em Agosto, quando era previsto o início das aulas, que acabaram não acontecendo.


Adiada por dois meses, as aulas tiveram início apenas em Outubro de 2006, com sede provisória na Casa Amarela Eusélio de Oliveira, onde foram ministradas as disciplinas de Cinema Experimental e Vanguardas I. Por falta de pagamento da locação, entretanto, a Escola acabou sendo expulsa do local. Estranho que isso tenha sido feito mesmo sendo a instituição vinculada à UFC, e esta possuindo parceria com a Escola. Vale lembrar também que os professores não foram ressarcidos pelos seus dois meses de trabalho.


De qualquer forma, as aulas desse semestre, o segundo da primeira turma, estavam previstas para se iniciarem no dia 29 de Janeiro, e acabaram sendo novamente adiadas pela Funcet sem muita explicação. Os alunos, então, decidiram conferir o estado da Casa do Barão, e qual não foi sua surpresa, encontram o local não somente sem obras, como em parte depredado, resultado do abandono em que ficou durante certo tempo, sem vigilância alguma.


O enorme palacete, que conta ainda com um casarão em seus fundos, teve até mesmo sua fiação e vasos sanitários arrancados. O prédio ainda está estruturalmente conservado, mas longe de estar em condições de receber os alunos. De qualquer forma, a decisão dos estudantes foi de fazer uma ocupação da casa em forma de protesto, um ‘’protesto afirmativo’’, como definiram, isso porque não se constituía apenas em uma forma de chamar a atenção das autoridades e da sociedade, mas como algo produtivo e ativo culturalmente. Do dia 2 a 9 de Fevereiro, na ‘’Semana Sine por Cine’’(uma brincadeira com o fato do local ter abrigada anteriormente o Sistema Nacional de Emprego), o casarão foi palco de exposições fotográficas, peças, performances, shows musicais, intervenções, mostras de filmes, oficinas e debates, tudo de forma ininterrupta e organizada.


Não pôde escapar a impressão de quem esteve por lá de que o casarão estava mais movimentado e produtivo do que se a prefeitura estivesse realmente cumprindo seu papel, o que mostra que a classe artística de Fortaleza só precisa de apoio e oportunidade para fazer o cenário acontecer.


De qualquer forma, depois da movimentada semana, e passando o carnaval, os ocupantes conseguiram finalmente uma audiência com a prefeita Luiziane Lins, à qual compareceram também outros descontentes com o atraso dos projetos da Funcet. Não somente as obras da Escola de Audiovisual estavam paralisadas, como também os editais do ano passado da instituição ainda não tinha tido sua verba devidamente repassada.


Na ocasião a prefeita reafirmou o compromisso para com a Escola e com os editais da Funcet, além de ter esclarecido que, ao contrário do que se especulava, o problema não era resultado da redução do orçamento da instituição, que estava previsto para ser de 1% do orçamento geral. O que teria acontecido de fato foi que o município teve uma arrecadação abaixo da esperada, juntando-se a ocasião do pagamento de pendências do orçamento de anos anteriores, como o concurso para enfermeiros e dentistas da pasta da Saúde, o que comprometeu o orçamento deste ano.


Além disso, foi marcada uma ‘’aula inaugural’’ para o dia 05, que seria ministrada pela própria Luiziane, que falaria sobre gestão pública de cultura, marcando a retomada das aulas do curso. Nesta a loira esclareceu algumas questões sobre a atual gestão de cultura do município, destacando que o orçamento da Funcet na gestão anterior havia sido de apenas 0,43% do orçamento geral, enquanto agora tínhamos mais de 0,7%. Isso sem contar com o fato de terem sido transferidas para outras pastas os setores de Turismo e Esporte, o que deu espaço bem maior para a Cultura.


Ressaltou ainda importância de formar parcerias para a manutenção do projeto, que já foi contemplado pelo Ministério da Cultura, através do edital de Núcleo de Produções Digitais, com R$ 100.000 para financiamento de programas de formação, além de um kit de equipamentos. Estes, entretanto, ainda não foram recebidos por falta de lugar adequado para recebê-los.


A prefeita anunciou, finalmente, a parceria com a Faculdade Católica do Ceará, que será a nova sede temporária do curso, além de ter anunciado negociação para a reforma do Casarão, ‘’de forma que os alunos da primeira turma se formem já na sua sede definitiva’’. Não foi esclarecida que tipo de parceria estaria sendo estabelecida com o Marista, instituição que abriga a faculdade, mas quanto à construtora que deverá fazer a reforma foi dada uma explicação bastante peculiar. Possuindo uma dívida com certa empreiteira, a prefeitura fez uma negociação que trocaria o pagamento da dívida por um desconto de 20% na mesma, que seria amortizado através dos serviços na Vila.


Agora é esperar pra ver e cobrar que a política cultural de tão boas iniciativas seja realmente levada à diante. E isso não só quanto à prefeitura atual, mas principalmente quanto a futuras administrações, lembrando que o que é preciso para desenvolver a vida cultural da cidade é a continuidade de seus projetos. De qualquer forma, o certo é que continuaremos de olho.


*Bruno Reis para o Jornal Jabá

Wednesday, March 07, 2007

Guia das Bibliotecas

No último encontro do Por Mais Leitura ficou definido que colocaríamos em prático uma proposta antiga do grupo... E por isso estou aqui postando logo uma parte do projeto, a que ficou de responsabilidade da nossa colega Marília Passos, o relatório sobre a Biblioteca Pública Menezes Pimentel, além de uma introdução sobre o projeto, feita pela mesma.





Introdução do Por Mais Leitura ao Projeto Guia das Bibliotecas:

Era uma vez um bando de leitores apaixonados que faziam uma roda de leitura. Eram cinco, foram seis, viraram sete, de repente somos vários. Ultimamente, somos muitos. De várias partes da vida, de tantas faculdades e de nenhuma. Somos de 12 anos, 45 e idade inteira, unidos por um laço suave mas jamais efêmero: o amor pela leitura. Amamos tanto que às vezes deixamos de ler para trabalhar ou discutir sobre o grupo, porque REALMENTE queremos um mundo com mais leitura.
E o que isso tem a ver com um Guia das Bibliotecas? Simplesmente surgiu a idéia da constatação – óbvia – de que as pessoas quase sempre não lêem porque não têm acesso a leitura. A desinformação e a falta de uma política una e bem fundamentada por parte da grande maioria dos políticos (e do povo, que não cobra) é talvez a maior causa das nossas mazelas sociais.
Tendo em vista isso e o nosso objetivo de ser POR MAIS LEITURA, resolvemos por em prática uma idéia já antiga: fazer uma espécie de fichamento das bibliotecas mais ricas e mais acessíveis em Fortaleza, e, curiosamente, às vezes as mais desconhecidas.
Em macro-escala qual o nosso objetivo com esse Guia? Primeiro, finalmente conseguir faze-lo (coisa que não foi simples e nem está sendo). Depois, divulga-lo e esperar que essa iniciativa sirva de alguma coisa. Se não servir, paciência, ao menos está feita.
Esperamos sinceramente que o por mais leitura não seja só um grupo de estudantes ou escritores, mas um sentimento que permeie toda a sociedade – coisa em que particularmente acredito, tomara que esse Guia fique bom e seja realmente um Guia.



Bibliotecas a serem conhecidas:



1) Biblioteca Pública Governador Menezes Pimentel

1.1) Informações gerais
Nome: Biblioteca Pública Governador Menezes Pimentel
Localização: Av. Presidente Castelo Branco, 255 – Centro –Fortaleza – Ceará
Horário de Funcionamento: segunda à sexta-feira, das 8h às 21 h; sábado, das 14h às 18h
Contatos: Tel. : (85) 3101 2541 – 3101 2547 – 3101 2548
Fax: (85) 3101 2544
e-mail: bpublica@secult.ce.gov.br

Por localizar-se no complexo de lazer e cultura do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, existem duas entradas: a de visitantes por dois acessos, um pela Avenida Presidente Castelo Branco e outro pela entrada principal do Centro Dragão do Mar. Atualmente, o acesso de visitantes dá-se apenas pela Avenida;
A Biblioteca Pública Governador Menezes Pimentel possui um acervo de 70 mil volumes e 40 mil títulos. Dispõe do quarto maior acervo de Obras Raras do país, onde se destacam a coleção de jornais do século XIX e livros do século XV.

Espaço Físico: A Biblioteca Pública Governador Menezes Pimentel ocupa uma área de 2.272 m², distribuídos em 5 pavimentos.

Subsolo 2: laboratórios de uso interno: setor técnico e microfilmagens, por ex
Subsolo: Setor infantil, Administração e Salão de eventos
Térreo: Entrada/Saída do edifício (pela Av. Presidente Castelo Branco e também pelo Centro Dragão do Mar de Cultura),
Recepção (Jurema),Xerox (particular),
Setor de referência (falar com Fátima: esse é um setor só de consulta – tem enciclopédias, dicionários, folhetos e biografias)
Setor Braille, Setor de Informática, Setor de audiovisual e Salas de Estudo (com cabines para estudos individuais e em grupo) ; Centro Digital do Ceará (com acesso gratuito a internet, com regulamento a ser lido logo na entrada. Telefone para reserva de computador: 31412550) .
1º pavimento: Setor de obras gerais, Setor de Empréstimo e Setor Ceará
2º pavimento: Setor de obras raras, Setor de iconografia, Setor de periódicos e Microfilmes




1.2) Inscrição: Para fazer empréstimos, é preciso inscrever-se na biblioteca, o que pode ser feito com o pagamento de uma taxa única de R$ 3,00 (três reais), entrega de 2 fotos no formato 3x4 e da cópia dos seguintes documentos: RG, CPF, carteira de estudante, comprovante de residência ( ex: conta de luz, água, telefone, extrato de cartão de crédito, etc)

Obs! 1. Eles não dispensam o pagamento da taxa de 3 reais;
2. Crianças e adolescentes também podem efetuar empréstimos na biblioteca. No entanto, no ato da inscrição é necessário que estejam acompanhadas por um responsável. São dispensados os documentos de identidade e CPF daqueles que não houverem atingido a maioridade, contudo os responsáveis por tais crianças/ adolescentes devem apresentar tais documentos, no ato da inscrição;
3. Não se pode efetuar qualquer empréstimo no ato da inscrição. É necessário que o usuário da biblioteca recém-cadastrado aguarde a confecção de sua carteirinha, a qual, normalmente, fica pronta no prazo de um dia. Ou seja, se você fizer sua inscrição hoje, só poderá emprestar livros amanhã.

Após ter a carteirinha, o usuário pode sempre alugar 2 livros, por 15 dias. É permitida a renovação do prazo, mas só presencialmente, e, claro, levando os livros e a carteirinha. A cada dia de atraso, paga-se 0,50 por cada livro.

Obs2: curiosidade: o cadastro da biblioteca conta hoje com 4.514 registros.


1.3) Acervo:
entrevistando as acessíveis (e eficientes, que eu diga!) bibliotecárias de todos os setores, descobrimos várias coisas. Que o acervo é de livre acesso em todos os setores, mesmo aqueles em que o empréstimo não é permitido. Ou seja: seja bem vindo a entrar e mexer nos livros sempre,contanto que não os deteriore (lembre que a biblioteca é patrimônio COMUM, o que não quer dizer “de ninguém”, e sim “de todos).

Setores:

- infantil (no subsolo): lá é necessário fazer cadastro para quem não tem a carteirinha; quem já tem a do empréstimo de obras gerais (1º andar) pode usar a mesma. O acervo do setor infantil é o mais variado: livros brasileiros e não, revistas em quadrinhos, jogos e brinquedos pra crianças (poucos: uma doação viria a calhar, disse uma das bibliotecárias). Esse setor abre as 8h e fecha às 17h. No setor infantil, há quem vá para estudar ou ler por lá, porque há mesas; e quem só passe pra fazer pesquisa e pegar os livros. Livros muito bons, devo dizer, quando voltar lá vou levar uns Pedro Bandeira e a Mafalda!

- Braille (térreo): é necessário também fazer um cadastro próprio, mas não é preciso pagar (gente, os deficientes visuais, né, que são os que fazem uso desse setor). Só cegos podem alugar, são livros que vêm encomendados de São Paulo, de graça – e vale a pena visitar essa parte da Biblioteca, sobretudo pra encontrar o Bosco, que além de ser super simpático e ter me explicado tudo, ainda é bonitão =D conheci e entrevistei o Bosco e o Luís, que falaram das dificuldades de ser deficiente visual, de como é complicado se formar, informar e ler, trabalhar e tudo que decorre disso. Mas isso é conversa pras próximas páginas. O acervo do Braille é total, brasileiros e não, literatura e não.

- Americano (térreo): setor Martin Luther king jr., aberto de Segunda a Sexta de 9 às 12h. Por causa desse horário super difícil, não consegui ir lá – ainda. Mas pode sim fazer empréstimo, e com a mesma carteirinha do empréstimo de obras gerais.

- Setor de Empréstimo (1º andar, à esquerda das escadas): literatura:
Conta com um acervo de literatura o mais variado, de todas as nacionalidades e temas e abrangências. Perguntada sobre que tipo de acervo tinha aquele setor, a bibliotecária sorriu e disse “de tudo?”, e quem freqüenta a biblioteca sabe que é verdade.



- Setor de Obras gerais - didáticos:
Aqui não pode haver empréstimo, só pesquisa. É também no mesmo espaço do setor de empréstimo, no 1º andar, mas há uma parte que pode ser alugada e outra que não. A que pode é a de literatura, se bem entendi. Bom, pelo menos nos últimos dois anos eu nunca aluguei nada do outro lado :P

- Setor de Obras Cearenses:
Do lado direito das escadas, fica ao lado dos setores de obras gerais e empréstimo, também no 1º andar. Não é permitido empréstimo nesse setor, mas o acervo também é bem vasto e esse é um grande ponto de pesquisa sobre literatura cearense.

- Setor de Periódicos (2º andar):
Consta nesse setor o 4º maior acervo de obras raras do país, entre jornais, revistas e microfilmagens. Dada a raridade e a necessidade de preservação desses documentos, os cuidados no manuseio do acervo é ainda maior, com uso de luvas e fazendo valer a máxima do “todo cuidado é pouco”, não custando lembrar que “é nosso também”.
O empréstimo não é permitido, esse é um setor de consulta e pesquisa.

Thursday, March 01, 2007

Duas toneladas de livros didáticos vão parar na sucata em Itaitinga, Ceará

Livros "inservíveis" que seriam reciclados, armazenados no fórum da cidade.

É isso mesmo. Esta foto não é continuação do post anterior. Não precisa clarividência para saber que o descaso com o livro pode chegar ao absurdo. E para absurdos, não precisamos das forças armadas dos Estados Unidos. Aqui mesmo no Ceará, em Itaitinga, livros, não só livros mas 2 toneladas de livros, livros didáticos distribuídos pelo MEC à Prefeitura de Itaitinga foram vendidos a um sucateiro por 10 centavos o KILO. Não poderiam ser vendidos (há um carimbo em cada um deles dizendo isso) , mas assim o foram, arrecandando a cidade de Itaitinga a quantia de (se ainda não fizeram a continha) 200 reais.

Abaixo estão linkados 4 artigos que falam da matéria, cuja fonte é o site do jornal O POVO. Gostaria de trazer algumas reflexões.

"A secretária da Educação de Itaitinga, Yaponira Chaves, confirmou ao O POVO ter designado uma servidora, do setor de acompanhamento ao aluno, para se desfazer dos livros "inservíveis". O termo é usado para especificar os exemplares com mais de três anos desde a distribuição pelo MEC."

Livros inservíveis deveriam ser estes que vimos nas fotos do post anterior, sobre a destruição das bibliotecas do Iraque. Não precisamos nem saber dos milagres da restauração de livros, basta ver a foto acima e comparar com o papel queimado de Bagdá.

Por quê, então, mesmo assim, entre os "inservíveis" estavam livros de 2006? Como este abaixo?


A coordenadora do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação disse: "Já tinha chegado caso de livro incendiado, livro vendido em feira de usados, roubado, mas vendido na sucata, ainda não". Não são estes outros casos, mesmo sem tanta força sensacionalista, tão cruéis quanto?


FONTES:
Duas toneladas de livros didáticos vão parar na sucata

Denúncia é inédita

Secretária: "Não havia livros novos"