Wednesday, June 11, 2008

Biblioteca Vagão de Leitura!


Nome: Biblioteca Vagão de Leitura


Localização: Rua Costa Barros, na Praça da CeArt, próximo à Barão de Studart
Horário de Funcionamento: segunda à sexta-feira, das 12h às 18h.
Contatos: Setor de Administração da Praça Luiza Távora (a biblioteca não possui telefone): (85) 31011624. Falar com Dra. Josete Andrade, coordenadora dos setores de Artesanato e Economia Solidária) ou mandar email para: renediasalves@ hotmail.com , funcionário da Biblioteca.
e-mail: renediasalves@ hotmail.com


A Biblioteca Vagão de Leitura, conhecida por alguns por "Biblioteca Luíza Távora", em virtude de sua localização na praça homônima, popularmente conhecida por Praça da CeArt, é extremamente bem localizada e, segundo o funcionário que nos concedeu esta entrevista, muito segura, devido à presença constante de 4 policiais, bem como do trabalho dos 8 seguranças da praça. Segundo René, não se tem notícia de tentativa de invasão ou assalto à biblioteca. No entanto, ela se encontra numa situação dificil atualmente, vez que os aluguéis de livros estão temporariamente suspensos, pois a maioria dos livros emprestados não era devolvida. No momento do cadastro, eram necessárias cópias de RG, CPF, foto e comprovante de residência, e a biblioteca repetidas vezes liga para os usuários solicitando a devolução dos livros, e sempre esbarra em desculpas e promessas de procura e breve devolução. Tal, infelizmente, não tem acontecido, o que em si é um contrasenso. Duplo contrasenso, aliás. Apesar de bem policiada, a biblioteca não tem como forçar essas devoluções e acaba sofrendo danos, ressaltando que o mais prejudicado é o usuário que devolve os livros e, agora, mesmo os corretos usuários não podem mais levar livros pra casa. Só se permite a consulta nas dependências da biblioteca. O outro contrasenso é que todo o acervo da biblioteca é de doações: nada foi comprado. Desta feita, o que foi totalmente doado agora resta sendo gradativa e criminosamente retirado das estantes públicas. A culpa? Das pessoas que não compreendem a acepção de BEM PÚBLICO: o que é público é de todos, e não pode jamais ser entendido como "de ninguém". E, sendo de todos, é responsabilidade de todos a sua preservação, sobretudo dos usuários.

Vale ressaltar que a Praça Luíza Távora é a única de Fortaleza que é do Governo do Estado. Assim, quem a mantém é o Governo do Estado, patrocinando sua segurança, pagando manutenção, funcionários, energia, internet, enfim.


Espaço físico: A Biblioteca existe dentro de um antigo vagão: ela É o vagão. O funcionário não sabe precisar o seu tamanho, mas arriscamos uns 4 metros de largura por 12 de comprimento, mas bem chute mesmo =] Os livros ficam dispostos em estantes de madeira, conforme assunto e estilo.

Acervo: Conta com 6 mil livros, todos doados.

Inscrição: Infelizmente, o cadastro não está mais sendo feito, vez que o aluguel não é permitido atualmente. Quando acontecia, para inscrever-se era necessário levar: cópia do RG, do CPF, bem como 1 foto 3x4 e um comprovante de residência. Podia-se ficar com 1 livro por 8 dias.

Frequência: cerca de 30 a 40 pessoas por dia, geralmente a Sexta é o dia em que a freqüência é menor.

Estantes: Há Estante Braille, bem como Estante de Livros Raros e Antigos; há, ainda, vários livros de arte, fotografia, pintura, etc.

Assuntos: Há assuntos de variados tipos: Infantil, Medicina, Direito, Administração, área política em geral, livros universitários, de Ensino Fundamental, Médio e Pré-vestibular, bem como provões, questões de concursos, livros de Religião...

Livros que não se podia alugar: livros raros ou muito antigos, como Enciclopédias e Livros de Coleção, a exemplo da Coleção de Monteiro Lobato, de 1969.

Funcionários: apenas um, atualmente o funcionário que nos atendeu, René Dias.



Curiosidades e estórias sobre a Biblioteca Vagão de Leitura:

-> os 5 escritores mais presentes no acervo são: Monteiro Lobato, Graciliano Ramos, José de Alencar, Agatha Christie e Beatriz Alcântara. A parte de autores cearenses é a primeira que se avista, tão logo se entra na biblioteca;

-> O livro mais antigo do acervo é "Robinson Crusoé", 1ª edição, de 1860, e há ainda um em francês, sobre "a boa conotação da mulher", de 1855;

-> Os livros mais alugados são romances, como os da Agatha Christie, e de Administração, Direito, Constituições, etc;

-> Há acesso a Internet p/ complementação de pesquisa. Costumam frequentar a biblioteca muitos estudantes para realização de pesquisa, ao que são auxiliados pelo funcionário;

-> Várias crianças do Campinho d`América visitam a biblioteca. Muitas crianças carentes, algumas até que nem sabem ler, vem pra folhear os livros, ver os desenhos, conhecer a biblioteca-vagã o. René ressalta que a parte mais pobre da cidade frequenta também a biblioteca;

-> Muita gente aparece só pra conhecer, tirar fotos, inclusive para realização de books fotográficos. Bandas dos mais variados estilos fazem fotos no local também, ressaltando que só fotos do exterior do vagão são permitidas. Uma curiosidade é que o Book da Miss Ceará foi realizado na Praça Luiza Távora, como fotos também na Biblioteca-Vagã o.

-> a Biblioteca frequentemente é tema de reportagens, locais e nacionais, em virtude da sua estrutura diferenciada. Sempre lembrando que fotos dentro da biblioteca são proibidas.

-> Sobre as estórias inusitadas que acontecem por ali, René Dias nos conta que havia uma senhora que sempre aparecia falando várias línguas, sobretudo espanhol e francês, na tentativa de tocar violino no interior da Biblioteca. Sempre lhe diziam que dentro não podia, e a mulher, já idosa, se irritava bastante e ia tocar lá fora.

Às vezes, trazia ainda um cavaquinho. Não me disse, no entanto, era se o som era agradável aos leitores e passantes (!)

Havia também uma outra senhora, supostamente mãe de um pombo, que constantemente aparecia com garrafas vazias de cerveja, formando montículos e bares imaginários, inclusive ao redor do posto policial.

Pra coroar as graças que apareciam por lá, aconteceu de um dia uma mulher nua querer entrar na biblioteca, ao que foi barrada pelos seguranças.

Bibliotecas =]

Introdução do Por Mais Leitura ao Projeto Guia das Bibliotecas:


Era uma vez um bando de leitores apaixonados que faziam uma roda de leitura. Eram cinco, foram seis, viraram sete, de repente somos vários. Ultimamente, somos muitos. De várias partes da vida, de tantas faculdades e de nenhuma. Somos de 12 anos, 45 e idade inteira, unidos por um laço suave mas jamais efêmero: o amor pela leitura. Amamos tanto que às vezes deixamos de ler para trabalhar ou discutir sobre o grupo, porque REALMENTE queremos um mundo com mais leitura.
E o que isso tem a ver com um Guia das Bibliotecas? Simplesmente surgiu a idéia da constatação – óbvia – de que as pessoas quase sempre não lêem porque não têm acesso a leitura. A desinformação e a falta de uma política una e bem fundamentada por parte da grande maioria dos políticos (e do povo, que não cobra) é talvez a maior causa das nossas mazelas sociais.
Tendo em vista isso e o nosso objetivo de ser POR MAIS LEITURA, resolvemos por em prática uma idéia já antiga: fazer uma espécie de fichamento das bibliotecas mais ricas e mais acessíveis em Fortaleza, e, curiosamente, às vezes as mais desconhecidas.
Em macro-escala qual o nosso objetivo com esse Guia? Primeiro, finalmente conseguir faze-lo (coisa que não foi simples e nem está sendo). Depois, divulga-lo e esperar que essa iniciativa sirva de alguma coisa. Se não servir, paciência, ao menos está feita.
Esperamos sinceramente que o por mais leitura não seja só um grupo de estudantes ou escritores, mas um sentimento que permeie toda a sociedade – coisa em que particularmente acredito, tomara que esse Guia fique bom e seja realmente um Guia.





1) Biblioteca Pública Governador Menezes Pimentel

1.1) Informações gerais
Nome: Biblioteca Pública Governador Menezes Pimentel
Localização: Av. Presidente Castelo Branco, 255 – Centro –Fortaleza – Ceará
Horário de Funcionamento: segunda à sexta-feira, das 8h às 21 h; sábado, das 14h às 18h
Contatos: Tel. : (85) 3101 2541 – 3101 2547 – 3101 2548
Fax: (85) 3101 2544
e-mail: bpublica@secult. ce.gov.br

Por se localizar no complexo de lazer e cultura do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, existem duas entradas: a de visitantes por dois acessos, um pela Avenida Presidente Castelo Branco e outro pela entrada principal do Centro Dragão do Mar. Atualmente, o acesso de visitantes dá-se apenas pela Avenida;
A Biblioteca Pública Governador Menezes Pimentel possui um acervo de 70 mil volumes e 40 mil títulos. Dispõe do quarto maior acervo de Obras Raras do país, onde se destacam a coleção de jornais do século XIX e livros do século XV.

Espaço Físico: A Biblioteca Pública Governador Menezes Pimentel ocupa uma área de 2.272 m², distribuídos em 5 pavimentos.

Subsolo 2: laboratórios de uso interno: setor técnico e microfilmagens, por ex;
Subsolo: Setor infantil, Administração e Salão de eventos
Térreo: Entrada/Saída do edifício (pela Av. Presidente Castelo Branco e também pelo Centro Dragão do Mar de Cultura),
Recepção (Jurema),Xerox (particular) ,
Setor de referência (falar com Fátima: esse é um setor só de consulta – tem enciclopédias, dicionários, folhetos e biografias)
Setor Braille, Setor de Informática, Setor de audiovisual e Salas de Estudo (com cabines para estudos individuais e em grupo) ; Centro Digital do Ceará (com acesso gratuito a internet, com regulamento a ser lido logo na entrada. Telefone para reserva de computador: 31412550) .
1º pavimento: Setor de obras gerais, Setor de Empréstimo e Setor Ceará
2º pavimento: Setor de obras raras, Setor de iconografia, Setor de periódicos e Microfilmes


1.2) Inscrição: Para fazer empréstimos, é preciso inscrever-se na biblioteca, o que pode ser feito com o pagamento de uma taxa única de R$ 4,00 (quatro reais), entrega de 2 fotos no formato 3x4 e da cópia dos seguintes documentos: RG, CPF, carteira de estudante, comprovante de residência ( ex: conta de luz, água, telefone, extrato de cartão de crédito, etc)

Obs! 1. Eles não dispensam o pagamento da taxa de 4 reais;
2. Crianças e adolescentes também podem efetuar empréstimos na biblioteca. No entanto, no ato da inscrição é necessário que estejam acompanhadas por um responsável. São dispensados os documentos de identidade e CPF daqueles que não houverem atingido a maioridade, contudo os responsáveis por tais crianças/ adolescentes devem apresentar tais documentos, no ato da inscrição;
3. Não se pode efetuar qualquer empréstimo no ato da inscrição. É necessário que o usuário da biblioteca recém-cadastrado aguarde a confecção de sua carteirinha, a qual, normalmente, fica pronta no prazo de um dia. Ou seja, se você fizer sua inscrição hoje, só poderá emprestar livros amanhã. ( CONFERIR ISSO, parece que mudou)

Após ter a carteirinha, o usuário pode sempre alugar 2 livros, por 15 dias. É permitida a renovação do prazo, mas só presencialmente, e, claro, levando os livros e a carteirinha. A cada dia de atraso, paga-se 0,50 por cada livro.

Obs2: curiosidade: o cadastro da biblioteca conta hoje com 4.514 registros.


1.3) Acervo:
entrevistando as acessíveis (e eficientes, que eu diga!) bibliotecárias de todos os setores, descobrimos várias coisas. Que o acervo é de livre acesso em todos os setores, mesmo aqueles em que o empréstimo não é permitido. Ou seja: seja bem vindo a entrar e mexer nos livros sempre,contanto que não os deteriore (lembre que a biblioteca é patrimônio COMUM, o que não quer dizer “de ninguém”, e sim “de todos).

Setores:

- infantil (no subsolo): lá é necessário fazer cadastro para quem não tem a carteirinha; quem já tem a do empréstimo de obras gerais (1º andar) pode usar a mesma. O acervo do setor infantil é o mais variado: livros brasileiros e não, revistas em quadrinhos, jogos e brinquedos pra crianças (poucos: uma doação viria a calhar, disse uma das bibliotecárias) . Esse setor abre as 8h e fecha às 17h. No setor infantil, há quem vá para estudar ou ler por lá, porque há mesas; e quem só passe pra fazer pesquisa e pegar os livros. Livros muito bons, devo dizer, quando voltar lá vou levar uns Pedro Bandeira e a Mafalda!

- Braille (térreo): é necessário também fazer um cadastro próprio, mas não é preciso pagar (gente, os deficientes visuais, né, que são os que fazem uso desse setor). Só cegos podem alugar, são livros que vêm encomendados de São Paulo, de graça – e vale a pena visitar essa parte da Biblioteca, sobretudo pra encontrar o Bosco, que além de ser super simpático e ter me explicado tudo, ainda é bonitão =D conheci e entrevistei o Bosco e o Luís, que falaram das dificuldades de ser deficiente visual, de como é complicado se formar, informar e ler, trabalhar e tudo que decorre disso. Mas isso é conversa pras próximas páginas. O acervo do Braille é total, brasileiros e não, literatura e não.

- Americano (térreo): setor Martin Luther king jr., aberto de Segunda a Sexta de 9 às 12h. Por causa desse horário super difícil, não consegui ir lá – ainda. Mas pode sim fazer empréstimo, e com a mesma carteirinha do empréstimo de obras gerais.

- Setor de Empréstimo (1º andar, à esquerda das escadas): literatura:
Conta com um acervo de literatura o mais variado, de todas as nacionalidades e temas e abrangências. Perguntada sobre que tipo de acervo tinha aquele setor, a bibliotecária sorriu e disse “de tudo?”, e quem freqüenta a biblioteca sabe que é verdade.

- Setor de Obras gerais - didáticos:
Aqui não pode haver empréstimo, só pesquisa. É também no mesmo espaço do setor de empréstimo, no 1º andar, mas há uma parte que pode ser alugada e outra que não. A que pode é a de literatura, se bem entendi. Bom, pelo menos nos últimos dois anos eu nunca aluguei nada do outro lado :P

- Setor de Obras Cearenses:
Do lado direito das escadas, fica ao lado dos setores de obras gerais e empréstimo, também no 1º andar. Não é permitido empréstimo nesse setor, mas o acervo também é bem vasto e esse é um grande ponto de pesquisa sobre literatura cearense.

- Setor de Periódicos (2º andar):
Consta nesse setor o 4º maior acervo de obras raras do país, entre jornais, revistas e microfilmagens. Dada a raridade e a necessidade de preservação desses documentos, os cuidados no manuseio do acervo é ainda maior, com uso de luvas e fazendo valer a máxima do “todo cuidado é pouco”, não custando lembrar que “é nosso também”.
O empréstimo não é permitido, esse é um setor de consulta e pesquisa.